A comunidade católica se reuniu desde as primeiras horas da manhã de quinta-feira (12) para celebrar o Dia de Nossa Senhora Aparecida em São José do Rio Claro (315 quilômetros ao Médio Norte de Cuiabá). A festa litúrgica marcou, ainda, os 300 anos de aparição da imagem da Santa Padroeira do Brasil.

O cronograma religioso iniciou com uma carreata que partiu de frente da Igreja Matriz São José, percorreu a extensão da Avenida Mato Grosso e seguiu até o barracão do Hevea Clube Recreativo, onde se celebrou a Missa Sertaneja com a benção das famílias, artigos rurais e sementes marcando o início do plantio, uma referência à importância do agronegócio no sustento e uma das principais fontes da economia do país.

E por falar em sustento, logo após a missa foi servido um almoço com pratos variados a preços reduzidos – apenas R$ 5,00 cada. No cardápio havia, entre outros, arroz carreteiro, frango com polenta, carne suína, macarrão com frango e espetinho.

Um bolo de aproximadamente quatro metros foi repartido gratuitamente entre presentes. Segundo a confeiteira, Fabia Farias, foram necessárias muitas mãos para concluir a guloseima. União que proporcionou uma deliciosa interação para parabenizar os homenageados.

“A comunidade colaborou com os ingredientes e o bolo foi montado hoje de manhã. Foram sete colaboradores só para fazer o recheio e cobertura. Essa é uma singela homenagem para comemorar uma data tão importante, tanto das crianças quanto ao dia da nossa padroeira”, disse.

O período vespertino ficou reservado às atividades lúdicas, com brincadeiras, cama-elástica e escorregador inflável, finalizando com jogos desportivos, com os torneios de vôlei e futebol. A proposta visara enfatizar o convívio integrado, principal objetivo da comunidade cristã.

Segundo a estimativa da organização, pelo menos três mil pessoas participaram das atividades. Cerca de duas mil porções de alimentos foram distribuídas por aproximadamente 300 voluntários que, há dias, se envolveram direta ou indiretamente com o evento. Comerciantes e colaboradores também contribuíram com a doação de dois mil brindes para as crianças.

Para a campista e lareirista, Magali Zanchet, apesar do momento de crise em que vive o país nas mais variadas esferas, o público foi multiplicado em relação ao ano anterior. Para tanto, foi fundamental a coletividade solidária para fortalecer essa corrente de boas ações.

“Esse é um trabalho voluntário de diversos movimentos da Igreja. Houve um envolvimento intenso da comunidade para compartilhar o bem e isso significa a união da família em devoção à Nossa Senhora. Estamos muito emocionados com tamanhas demonstrações de generosidade”, ressaltou.

Palavras compartilhadas pela ministra da Esperança e integrante do Lareira, Regiane da Silva Santos. Para ela, o sucesso da festividade é resultado de dedicação e aplicação dos valores cristãos.

“Há dois meses nos dedicamos voluntariamente para acolher a comunidade e essa festa simboliza os preceitos religiosos quanto à fraternidade – perdoar, amar e servir, uma celebração voltada à família”, completou.

Para o pároco rio-clarense, Claudinei Nascimento, a unção das sementes marca o início dos plantios, de modo que haja prosperidade e êxito na colheita perante os esforços empregados no trabalho que move a economia do Estado, bem como reforça a analogia espiritual de renovação das esperanças no aniversário da padroeira.